No tempo em que eu cabia deitada
no banco de trás do carro,
eras tu ao volante,
óculos de sol,
a dividir a mão esquerda
entre o volante e a janela aberta
para livrar o cigarro da cinza,
a dividir a mão direita
entre o volante e manete das mudanças,
a dividir os pés
entre a embraiagem, o travão e o acelerador,
a dividir os olhos
entre a estrada, a mãe e o espelho retrovisor.
no banco de trás do carro,
eras tu ao volante,
óculos de sol,
a dividir a mão esquerda
entre o volante e a janela aberta
para livrar o cigarro da cinza,
a dividir a mão direita
entre o volante e manete das mudanças,
a dividir os pés
entre a embraiagem, o travão e o acelerador,
a dividir os olhos
entre a estrada, a mãe e o espelho retrovisor.
Raquel Serejo Martins
Gosto bastante da poesia desta transmontana simpática e de coração grande, que já me concedeu o prazer de apresentar, para cá do Marão, dois dos seus livros.
ResponderEliminar:)
eu também :)
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