para mim este príncipe foi sempre "sua alteza". recriou o funk
e a pop de um modo único e era um raro talento multidisciplinar: tocava
guitarra, piano, bateria e não sei quantos mais instrumentos, cantava e
dançava, para além de escrever as letras e a música das suas canções e ainda
oferecer músicas para outros. foi também um dos meus heróis simbólicos nos anos
oitenta e acompanhei-o sempre, mesmo quando deixou de estar na moda. uma vez
estava em londres e pude vê-lo ao vivo, na lovesexy tour – e ocorreu uma revelação.
talvez só o grande alfredo mercúrio tivesse o mesmo tipo de presença sobre um palco. há uns quatro anos voltou a reinventar-se, rodeando-se de três princesas e regressando
ao formato nuclear do quarteto rock (duas guitarras, baixo e bateria), assumindo
essa herança de hendrix no seu virtuosismo como solista. quem ocupa
agora este lugar?
soube-se entretanto que nas últimas actuações que deu recentemente
se apresentara sozinho, cantando apenas acompanhado por si ao piano,
possivelmente uma nova experiência que estaria a explorar. gostava de o ter
ouvido e de ver como teria adaptado a sua música a um piano solo. mas tive ainda
a sorte de o voltar a reencontrar há três anos, naquela noite mágica no coliseu
de lisboa. o concerto abriu exactamente com esta canção, revisitando num modo rock um seu êxito antigo, e é isso o que me magoa mais no seu desaparecimento:
não podermos a partir de agora voltar a ser com ele assim doidos.
yeah, yeaah, yeaaaaahh
ResponderEliminaroh, oooh, ohoooooooooooo
:)
oié ;)
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