a morte à beira-rio
se eu morrer à
beira-rio embrulha o meu corpo num tronco de árvore
deita-o na água
e deixa-o flutuar e despede-te e deixa-me partir assim
não chores
triste e fica apenas a ver se a corrente me leva tejo abaixo
segue-me pela
margem e vais ver que é fácil e que a foz está ali perto
já só tens de
fazer mais esse esforço de tentar distinguir-me ao longe
então
se observares bem vais ver uma caravela sem mastro nem vela
e acredita que
vou dar a volta ao mundo e me lembrarei sempre de ti
que os mares são
só sete e que talvez um dia quem sabe até regresse
E se os mares são só sete, há mais terra do que mar.
ResponderEliminarBoas viagens: que permitam o regresso à origem.
;)
EliminarBela, ainda que triste, fábula. :(
ResponderEliminarHá um novo blogue a nascer? Assim espero.
;)
EliminarPara regressar, basta a vontade, ainda que os mares sejam sete.
ResponderEliminarBoa noite, José Luís :)
;)
EliminarTambém não exagere: não é preciso morrer. :)
ResponderEliminarEmbora esta morte lhe tenha corrido muito bem!
;)
Eliminar