21 fevereiro 2016








Chega-te devagar aos meus domínios;
que teus dedos tacteiem o espaço
cegamente, a escuridão que envolve
meu corpo; que abram um caminho
e cheguem até mim através do véu 
espesso e taciturno das sombras. 
Salva-me com a luz que há em teus dedos
ao tocar-me, conjura a desídia,
acende-me ou abrasa-me no tacto 
esplendoroso e claro de tuas mãos. 
Como a borboleta nocturna,
lançar-me-ei à chama que tu convocas, 
antes queimar-me que estar às escuras. 







Josefa Parra






3 comentários:

  1. Gosto muito, tanto que vou fazer um "desviozito".

    Bom domingo. :)

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  2. Estou, portanto, perdoada para cem anos... Obrigada! :)

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