[ leituras ]
“uma história da curiosidade”
alberto manguel
alberto manguel
ed. tinta da china
conheci manguel pelo seu
dicionário de lugares imaginários, depois pela sua história da leitura e, mais tarde, através do seu relato dos
tempos em que leu para um borges já cego - e tive agora a confirmação da
profunda influência que o ouvinte exerceu sobre o leitor.
numa edição cuidada e graficamente apelativa, este é um livro pouco comum nos tempos que correm. um crítico citado refere ser um livro infinito, no sentido borgesiano, e tem toda a razão. ficamos imediatamente presos a este texto: um encantamento similar ao da primeira leitura de um dos antigos clássicos, como foi mágico esse momento - e como ainda o recordamos, tão nítido...
numa edição cuidada e graficamente apelativa, este é um livro pouco comum nos tempos que correm. um crítico citado refere ser um livro infinito, no sentido borgesiano, e tem toda a razão. ficamos imediatamente presos a este texto: um encantamento similar ao da primeira leitura de um dos antigos clássicos, como foi mágico esse momento - e como ainda o recordamos, tão nítido...
manguel apoia-se em dante e, numa espécie de
redescoberta da divina comédia, vai tecendo uma rede em torno da nossa ideia de
curiosidade, fundindo literatura, arte e filosofia. aprisionados nessa teia
ficamos a conhecer um pouco mais de shakespeare, diderot, são tomás de aquino,
oscar wilde, ulisses, sherlock holmes, tennyson e tantos outros, num desfile interminável de
personagens de um país das maravilhas, em que a maior é a curiosidade pela
curiosidade.
embora acabe por ser de algum modo um relato autobiográfico, é também muito mais do que isso: são muitos livros num só.
e, à semelhança dos ensaios de montaigne - o leitor actual mantém a sensação de que foram escritos ontem para serem lidos hoje por si e para si - há parágrafos verdadeiramente geniais, como o que transcrevo em seguida.
embora acabe por ser de algum modo um relato autobiográfico, é também muito mais do que isso: são muitos livros num só.
e, à semelhança dos ensaios de montaigne - o leitor actual mantém a sensação de que foram escritos ontem para serem lidos hoje por si e para si - há parágrafos verdadeiramente geniais, como o que transcrevo em seguida.
A citação que escolheu é de uma clarividência extraordinária. A explicação da descida à linguagem é perfeita. Para quem gosta e está habituado ao exercício da palavra escrita, ajuda a manter os pés assentes na terra.
ResponderEliminarGosto muito de ver aqui este livro. ;)
Boa semana!
boa semana ;)
EliminarBela dica jl!
ResponderEliminarObrg pela partilha :-))))
;)
Eliminar