kafka
nishioka kyodai
ed. pushkin press
nishioka kyodai é um famoso duo irmã-irmão que desenham manga. neste livrinho-maravilha ilustram à sua maneira, em algo que é muito mais do que uma novela gráfica, nove contos famosos de kafka. algumas destas adaptações são pequenas obras-primas.
bonecas
tom whalen
ed. cutelo
mais um livrinho-maravilha da cutelo, com poemas em prosa e micro-ficções, sempre em torno do universo das bonecas. magnético, divertido, por vezes assustador - tudo o que a literatura deve ser.
a corneta acústica
leonora carrington
ed. antígona
durante algum tempo (algures no milénio passado) leonora carrington era para mim apenas uma pintora surrealista. depois dei com este livro, que li numa velha edição da penguin, e pouco a pouco fui entrando na atmosfera do seu universo peculiar. esta é a história de uma idosa a quem uma amiga oferece uma corneta acústica, o que lhe permite ouvir a família a discutir planos para a sua transferência para uma espécie de asilo. porém, já internada, fica a perceber que nada ali é o que parece - e as suas experiências, que têm algo de autobiográfico, são um bom cartão de visita para o que é mais nuclear na sua obra. muito recomendável.
poesia quase toda
zbigniew herbert
ed. cavalo de ferro
toda a gente devia ser obrigada a ler este livro.
all the beauty in the world
patrick bringley
ed. vintage
devastado pela morte precoce do seu irmão de apenas 26 anos, o autor deixa o emprego e, angustiado perante a dureza e fealdade do mundo que o rodeia, procura refúgio junto de algo belo - e torna-se guarda no metropolitan museum of art, aquele museu clássico ni central park de nova-iorque. e este seu relato-memória dos vários anos em que ali trabalhou, repleto de curiosidades e histórias reais, constitui um excelente testemunho do que a arte pode fazer pela vida - mesmo quando a vida parece nada fazer pela arte.
um artista da fome
franz kafka
ed. e-primatur
reunião de histórias e fragmentos escritos durante os dois últimos anos de vida do autor. destaca-se naturalmente o conto “um artista da fome”, provavelmente um dos melhores alguma vez escritos e saúda-se a inclusão como preâmbulo da célebre carta escrita em julho de 1922 a max brod, e que termina com a definição de escritor segundo kafka: o bode expiatório da humanidade, que permite aos seres humanos o prazer sem culpa, quase sem culpa, de um pecado.
a kiss for the absolute
shuzo takiguchi
ed. princeton univ. press
recolha de poemas de quem introduziu o surrealismo nas letras japonesas.
Sem comentários:
Enviar um comentário
cartografe aqui: