musical tables
billy collins
ed. random house
trata-se da mais recente recolha de poesia de collins, dedicada a “poemas curtos” (o que quer que isso seja...). mesmo a menor extensão não apaga nos textos os traços da sua assinatura: temas peculiares, postura coloquial, o poder das imagens sugeridas e sempre aquele algo inesperado que parecia escondido.
a festa acabou
vv. aa.
ed. shinigami
recolha de 91 haikus “finais”, isto é, os últimos que terão sido escritos por igual número de poetas e monges japoneses ao longo dos últimos cinco séculos. em alguns a noção de morte está presente, mas em quase todos permanece a beleza da existência e tudo o que de maravilhoso a natureza abarca.
the analog sea review - number one
vv. aa.
ed. analog sea
trata-se de uma revista literária off-line porque cabe no bolso mas não te acorda de noite. é feita de árvores, linho e óleo - e as imagens que contém não aparecem num ecrã. tem capa dura, acabamento primoroso, cheiro e textura. é uma selecção de textos, imagens e poemas subordinados a um ou vários temas, nunca mencionados (neste número destaco a solidão criativa e o desapego ao virtual). só é distribuída em livrarias independentes (em lisboa, na snob), não há sites nem vendas directas ou on-line. e, com 4 números já publicados, é seguramente um dos projectos editoriais mais bonitos e fascinantes de sempre.
quatro reencarnações
max ritvo
ed. cutelo
max ritvo faz-me recordar daniel faria - há chamas brilhantes que se extinguem muito cedo, cedo demais.
paris : une anthologie littéraire
vv. aa
ed. parigramme
livro de cabeceira: mais de mil páginas e trechos de quase duzentos autores não chegam para cronologicamente evocar a cidade mais representada na literatura. há os óbvios (rabelais, montaigne, voltaire, dumas, hugo, balzac, nerval, flaubert, proust, vian, queneau, modiano...), mas também os inesperados e surpreendentes (casanova, heine, james, strindberg, rilke, zweig, kafka, hemingway, cortázar...). fascinante.
dickens at christmas
charles dickens
ed. vintage
mais uma prenda para a mesa de cabeceira: tudo o que dickens secreveu sobre o natal, incluindo os famosos cinco contos (com o do senhor scrooge à cabeça), as histórias que publicou em jornais e revistas e excertos “natalícios” dos cadernos de pickwick. jingle bells, etc...
a frágil reparação da minha morte
eduarda chiote
ed. officium lectionis
com selecção e notas de maria f. roldão, eis uma óptima abordagem à poesia de eduarda chiote, essa lúcida “poeta de afectos ácidos”, para quem “se um livro é escrito e um poeta morre, não se perde grande coisa”.
the madman’s gallery
edward brooke-hitching
ed. simon & schuster
imaginem que um milionário louco e excêntrico se dispunha a reunir numa colecção particular mais de uma centena de pinturas, gravuras, ilustrações e até esculturas, e cada obra escolhida segundo critérios de beleza indesmentível e pela história incrivelmente bizarra por trás da sua criação. é essa a galeria que este livro maravilhoso nos dá a conhecer.
Quanta admiração...como consegue?!
ResponderEliminarvantagens de desempregado por conta própria - há sempre mais tempo ;)
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