Anjo da expulsão
A chorar expulsou-me do paraíso.
Na tarde ferrugenta penteou os meus cabelos
cobriu-me com o seu manto
e pôs-me sandálias nos pés.
Pela mão levou-me às portas
do paraíso
e deu-me um longo abraço.
E no fim, de forma repentina
e com um brilho de fogo no olhar
aproximou-se do meu ouvido
e perguntou-me
quase me implorou que lhe dissesse
que sabor tinha
a maçã.
Ana Ilce Gómez
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