Não sei qual é o barco ou se há barco.
Sei que navegamos um no outro
que nos encontramos para a navegação.
A uma ilha rubra chamamos coração.
Entre a minha e a tua um sulco de água
se abre. Por vezes cicatriz. Ou só espuma.
E se há mar o teu é perfumado
sem rosa-dos-ventos, portulanos, astrolábios.
Puro mar salgado. Nele um marinheiro
te navega. Serei eu, um dia naufragado.
Carlos Poças Falcão
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