nova fábula de adão e eva
após ter eliminado sindy, aquela estúpida como costumava
designá-la, barbie despiu o vestido e entrou nua no paraíso.
perto de um regato cristalino observou ken, igualmente sem
roupa, a preparar-se para mergulhar na límpida água fresca.
como te chamas, indagou, enrolando o cabelo no dedo, de
lábios entreabertos num sorriso malicioso. adão, respondeu.
ah, eu sou eva, e acrescentou, olha, não queres ir descansar à
sombra daquela nespereira, convidou. de mãos dadas a olhar
para o céu viram cair uma maçã. não pode ser, disse adão e
franziu o sobrolho. devia ser uma nêspera, não era, replicou
eva. além disso a maçã é de plástico, volveu adão, e aquela
serpente ali no ramo é de borracha. barbie, desmascarada,
ainda tentou convencê-lo a provar o fruto proibido. poderá
ser original, admitiu ken, seguro e inflexível, mas não creio
que assim possa ser considerado um pecado trincá-lo, nem
me parece falta suficiente para nos expulsarem daqui. então
ela propôs que se pendurassem na árvore como tarzan e jane
ou assaltassem bancos como bonnie e clyde, qualquer coisa
divertida que fizesse esquecer aquela paradisíaca monotonia.
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