Não inventes
Não venhas cá com merdas. Não inventes.
Não olhes nos meus olhos. Sai apenas.
E poupa-me aos discursos eloquentes
e às farsas do adeus. Não faças cenas.
Não digas que lamentas ou que a vida
às vezes é assim: que tudo esquece;
que o mundo e o tempo curam qualquer ferida.
Repito, meu amor: desaparece.
E leva o que quiseres de tudo quanto
um dia suspeitámos partilhar:
os livros, as esculturas em pau-santo,
os discos, os retratos, o bilhar.
Não deixes endereços. Por favor:
eu quero é que te fodas, meu amor.
José Carlos Barros
Jamais associaria este poema ao seu autor:)
ResponderEliminarJulgo ser quem escreveu anos a fio um maravilhoso blogue intitulado "Casa de Cacela", certo?
~CC~
sinceramente não sei, não acompanhei esse blogue. este é autor do livro "o uso dos venenos",
EliminarAlô! (o que se descobre, redescobre aqui...): sim, o da Casa de Cacela. Um abraço.
EliminarTalvez devesse ser: Eu quero é que te fodas, meu estupor! :)
ResponderEliminarcéus, maria tu, "que biolência"!
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