04 setembro 2018






Sou a mulher que se mata por amor a ti
e a mulher por amor de quem se morre
Sou o rapaz que há como uma água turva
na mulher por quem se morre
o bucal húmido do telefone onde ela expia
pensamentos violentos como plumas
Sou a pluma que lhe abre os lençóis
a lasca de madeira sobre a mesa
a lâmina à espera
que a nudez dê frutos
Sou aquilo que fere o rapaz
e a roupa que o tapa
Sou o brilho da janela onde a mulher
se balança




Andreia C. Faria





2 comentários:

  1. Já li o poema três vezes... e a cada vez que o leio ainda fico mais confusa.
    Ainda o vou ler de novo mas, até tenho receio de dizer o que interpreto destas palavras!
    (Raios... porque é que os poetas são tão complicados!?)

    (^^)

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    1. se não fossem complicados não eram poetas ;)

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