fábula de uma lisboa mais amarga
era um sítio mágico, suspenso no tempo, ao fundo daquela avenida inundada de jacarandás.
e quem olhava para o edifício nunca adivinhava os segredos escondidos no seu interior.
ali pude ver bom teatro e ouvir boa música, foi naquele bar que reencontrei amigos
que não via há trinta anos. e, claro, jamais esquecerei que naquelas salas foram lançados
os meus dois (três) livrinhos. para além da profunda tristeza pelo sentimento de impotência
perante esta vertigem voraz do imobiliário, que vai matando lenta e inexoravelmente
as memórias mais doces da cidade, só lamento não poder ser ali que se irão festejar
os gloriosos duzentos e sessenta e quatro aniversários da imortal cossoul.
http://observador.pt/2017/06/26/depois-de-132-anos-a-sociedade-guilherme-cossoul-precisa-de-uma-morada-nova/
Se não fossem os livrinhos do josé luís provavelmente não vinha a conhecer essa casa e a interessar-me por saber dessa sociedade. De facto, não me recordo de ter ouvido falar antes. Na primeira vez, na tarde de 3 de Outubro de 2015, que me recordo de estar bastante calor mas com o sol encoberto, fixei muito esses jacarandás e fiquei com a ideia de que a sociedade se mantinha activa, mas uma ideia vaga.
ResponderEliminarAssim, antes de ir pela segunda vez, que foi no último 16 de Dezembro, estive a "estudar" o sítio e o que se fazia lá. Percebi a dinâmica cultural e o programa de actividades... Até se não fosse a história do antibiótico teria comprado um bilhete para o teatro que havia nessa noite.
Talvez lhes arranjem um sítio...
como se pode ler na notícia do link (e segundo o que ouvi) com os "autarcas" mais recentes foi mais ou menos isto: com joão soares iam comprar-lhes o espaço, com antónio costa iam para um palacete em campolide, com este me(r)dina vão para a rua - mas com a promessa de lhes encontrarem um sítio. a escória, perdão, a história do costume.
EliminarQue pena, também gostava muito do sítio! E não se pode fazer nada?
ResponderEliminar~CC~
lendo a notícia que deixei no link... pelos vistos podem fazer-se promessas.
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