Amo-te nesta
ideia nocturna da luz nas mãos
E quero cair
em desuso
Fundir-me
completamente.
Esperar o
clarão da tua vinda, a estrela, o teu anjo
Os focos
celestes que a candeia humana não iguala
Que os olhos
da pessoa amada não fazem esquecer.
Amo tão
grandemente a ideia do teu rosto que penso ver-te
Voltado para
mim
Inclinado
como a criança que quer voltar ao chão.
Daniel Faria
E à conta deste Daniel, lembrei-me de outro, o que (des)inventou o amor. Um pedaço:
ResponderEliminarÉ preciso cantar, é preciso sorrir,
encher a escuridão com árvores sem nome.
Pelo silêncio na planície pela tranquilidade em tua voz
pelos teus olhos verdes estelares pelo teu corpo líquido de
bruma
pelo direito de seguir de mãos dadas na solidão nocturna
lutaremos meu Amor
Pela infância que fomos pelo jardim escondido que não teve
o nosso amor
pelo pão que nos recusam pela liberdade sem fronteiras
pelas manhãs de sol sem mácula de grades
lutaremos meu Amor
Pela dádiva mútua da nossa carne mártir
pela alegria em teu sorriso claro pelo teu sonho imaterial
pela cidade escravizada pela doçura de um beijo à despedida
lutaremos meu Amor
Pelos meninos tristes suburbanos
contra o peso da angústia contra o medo
contra a seta de fogo traiçoeira cravada
em nosso doce coração aberto
lutaremos meu Amor
Na aparência sozinhos multidão na verdade
lutaremos meu Amor
Excerto de "A invenção do amor", Daniel Filipe
Bom domingo, josé luís!
bom domingo ;)
Eliminar;)
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