08 novembro 2016
Soneto XXII *
Não diga o meu espelho que envelheço,
se a juventude e tu têm igual data,
mas se os sulcos do tempo em ti conheço
então devo expiar no que me mata.
Tanta beleza te recobre e deu
tais galas a vestir meu coração,
que vive no teu peito e o teu no meu.
Mais velho do que tu serei então?
Portanto, meu amor, cuida de ti
como eu, não por mim, por ti somente
te cuido o coração, que guardo aqui
como à criança a ama diligente.
Não contes com o teu se o meu morrer.
Deste-me o teu e não o vou devolver.
William Shakespeare
* numa fabulosa tradução de Vasco Graça Moura
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Vejamos, o gajo de Stratford-upon-Avon era um sacaninha.
ResponderEliminarPedrado, diz-que-disse, à novela venezuelana :D
mas escrevia como ninguém :P
Eliminarvai uma aposta em como gostaria mais de mim do que de ti - outro romântico camuflado? - in spite of all the stuff? :P
ResponderEliminarwithout a doubt!
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