26 fevereiro 2016






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Até aqui a rosa. Para além
fica a imagem que nos traz o dia,
a mesma sombra, a curva que contém
tudo o que nela aumenta e não havia.
Um frémito, um vestígio como a renda
que nasce com os gestos, o tecido
em que as mãos (já unidas) são a senda
que nos leva ao limite pressentido:

uma outra rosa, aquela que habitava
nas sementes de tudo o que te dava.






Fernando Guimarães







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