16 fevereiro 2016






fábula  do  caminho  marítimo






não soubeste desaguar nestas ondas só nossas
nem sabes do rio que percorres no teu lamento
e nunca lhe adivinhas a foz nesta carta de marear


não tenhas medo de navegar um destes sete mares
apesar da incerteza desta água ferida que jamais sara
porque nos sei sempre à deriva rumo à ilha dos amores


não sei se há mapas para quem sonha um mar acordado:
sempre li em ti o caminho marítimo para a minha índia
e basta-me a tua maré viva para ser de novo uma caravela







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