[Proporções
óbvias entre o místico e o louco
Se a regra é
a de proporcionalidade então essa é a verdade, o místico é proporcional ao
óbvio e o óbvio ao louco, o que não é proporcional não existe.
Uma linha
vertical desenhada a meio do olho, em frente o olhar óbvio, subindo e descendo
a linha, o místico e o louco, incapacitando o caminhar.
O louco a
correr para dentro, o místico a correr para fora, deixando assim o óbvio
calmamente no início.
Uma nova
teoria despede-se da velha com um aperto de mão e seguem em sentidos
contrários. O louco e o místico despedem-se com as mãos do mesmo corpo e
seguem em cruz.
O místico
escreveu uma longa carta ao louco a explicar-lhe que não está sozinho, o
louco respondeu, com um pequeno poema, a explicar ao místico que não está
acompanhado.
O óbvio pode
ter medo. As coisas óbvias podem ter medo e disfarçar para não nos
assustarem. Os planetas podem ter medo. E se a realidade tem medo de nós - os
átomos são mais loucos e místicos que óbvios.
O louco segue
a dança das peças, o místico os quadrados pretos e brancos do tabuleiro, o
óbvio as regras. Ninguém ganhou ainda.
A lágrima do
louco é abandonada à saída, a do místico é lançada para cima e a do
óbvio é disparada em frente. As lágrimas demoram o mesmo tempo a chegar ao
chão.
O místico
não utiliza ferramentas,por falta de curiosidade, o louco não distingue as
ferramentas da curiosidade, o óbvio utiliza como ferramenta a curiosidade, que
repete, até à exaustão do material.
O louco tem
asas, o místico tem asas, o óbvio pode voar:]
Joana Espain
Ai, josé luís, que aflição.
ResponderEliminarNão me estou a sentir muito bem da cabeça... Deve ser a loucura a instalar-se.
[Muito bom. A sério!]
Bom fim-de-semana.
bom f-d-s ;)
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