fábula da
orla do mar
não consegui voltar
a ver no teu rosto os contornos da orla do mar
e nos teus olhos deixou de haver aquele brilho de espuma na praia
algo fez naufragar
em mim o sereno torpor da ondulação da tua pele
nas noites
despertas no sono que pairava sob um oceano de estrelas
perdeu-se o rumo
apenas adivinhado nas sonhadas cartas de marear
que outrora lia ou
julgava ler no pergaminho da nudez do teu corpo
submerso e turvo o
desejo de sempre aportar ao teu porto de abrigo
já nada me recorda
em ti a caravela mágica em que tanto naveguei
… apenas o silêncio
das conchas onde se ouvia a canção das ondas
Mas as conchas trouxeram as palavras que definiram essa magia de outrora.
ResponderEliminarBoa noite, José Luís. :)
;)
EliminarAquilo que eu vi no lado de dentro das palavras foi serenidade misturada de tristeza. E gostei de ler as palavras assim, pousadas numa mesa quase tranquila.
ResponderEliminar;)
Eliminarxiça que bonito.
ResponderEliminar;)
Eliminar