Uma noite,
quando o
mundo já era muito triste,
veio um
pássaro da chuva e entrou no teu peito,
e aí, como
um queixume,
ouviu-se
essa voz de dor que já era a tua voz,
como um
metal fino,
uma lâmina
no coração dos pássaros.
Agora,
nem o vento
move as cortinas desta casa.
O silêncio é
como uma pedra imensa,
encostada
à garganta.
José
Agostinho Baptista
os poemas tristes não deviam ser tão bonitos...
ResponderEliminarpois…
EliminarE vem outra vez o silêncio a lembrar-nos que pode ser uma faca de dois gumes.
ResponderEliminar… …
EliminarTão grande. Tão bonito.
ResponderEliminaré, não é?
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