25 agosto 2015





fábula  onde  o  tempo  não  corre





por vezes contento-me em mais não ser que ser assim
uma canoa dormindo num areal um sono agreste e cru
e nesses momentos sinto nascer um labirinto em mim
no qual me perco e me descubro: o teu corpo agora nu


porque o teu corpo lembra um mar onde a ondulação morre
e é nele que sempre sempre naufrago quando estás aqui ao pé
sei que nesse oceano há ilhas de mágoa onde o tempo não corre
mas dá-me ao menos uma onda tua, uma só que evoque a maré








2 comentários:

  1. Com tanta ilha que há, aparentemente, as de mágoa, poderiam ser extintas. Mas se calhar desempenham alguma função.

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