Nudez
Vertical,
pelo corpo
a nudez
principia
como a
primavera no tempo
ou a luz
junto aos olhos.
Pressentida
verdade
que nos une.
Em silêncio
regressamos
à origem
dessa praia
longínqua.
Ali, nenhuma
imagem
altera o seu
destino.
Como um
fruto, procura
a direcção
da terra.
Apenas as
nossas mãos
ignoradas
desprendem
os cabelos:
memória
de remotos
vestidos.
Fernando
Guimarães
Confesso aqui a minha ignorância: não conhecia nada sobre o Fernando Guimarães.
ResponderEliminarLi pela primeira vez este poema ainda o dia estava deitado e achei-o tão bom que não fiz nada. Nem comentei, nem roubei;)
Fiquei a pensar que aquele homem tinha de ter mais qualquer coisa. Oh, se tem! E é esta – o acrescentar de informação – a primeira razão que me leva a andar pela blogosfera. Hoje aprendi mais um bocadinho.
O poema é lindíssimo!
para mim está ao nível do herberto e do ramos rosa, uma das vozes da segunda metade do século passado. verifico também que ainda só por aqui apareceram uma mão cheia de poemas seus…
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