Esta areia fina
Não sei
se o que
chamam amor é este apaziguamento.
Não sei se
comias fogo. Tuas abelhas
voam agora
em círculos tranquilos.
Mães serenam
seus filhos no ventre,
não sei se o
que enfim chamam
amor é esta
areia fina.
Agora
estamos um dentro do outro,
fazemos
longas visitas deslumbradas
porque «o
nosso prazer lembra um rio vagaroso
no meio de
juncos ao cair da tarde.»
As palavras
tornam-se esquivas. Com o silêncio
falaríamos
melhor de tudo isto.
Não sei se o
que chamam amor
é a cama
desfeita o sol fugindo,
uma vontade
louca de beber
a grandes
goles a noite entorpecente.
Com o
silêncio, o silêncio sem nome:
morremos a
meio do filme
simples,
calada, delicadamente.
Eras tu, amor? - Era eu, era eu!
Um barco junto
à margem. E cegonhas.
Fernando
Assis Pacheco
Que bom ler isto logo pela manhã!
ResponderEliminarnão é só um poema por dia, não sabe o bem que lhe fazia
Eliminartambém é um poema pela manhã, alegria e vida sã… ;)
Belíssimo!
ResponderEliminaré, não é? ;)
EliminarMas que coisa mais linda!
ResponderEliminar…mais cheia de graça… ;)
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