"Para um escritor, talvez a questão não seja tanto
conhecer as árvores mas conhecer-lhes o nome. Há aquela história que se conta
sobre Eugénio de Andrade. Que o poeta, estando um dia de visita a uma
biblioteca pública algures, se detém junto de uma jarra de flores belíssimas.
“Como se chamam?”, terá perguntado. Ao que a bibliotecária, com a suave fleuma
de que só os grandes leitores são capazes, responde, “Frésias. Os seus poemas
estão cheios delas”. Não sei se a história é verídica, mas é útil para esta
conversa sobre nomes e coisas e o que se passa aí pelo meio. Para o poeta, o
nome é já a coisa."
Jacinto Lucas Pires
[para a Rosa]
Obrigada ; ) Se são para mim vou já levar.
ResponderEliminar;)
EliminarA questão é interessante. Fiquei a pensar.
ResponderEliminarÀ partida, teria dito que é mais importante conhecer a coisa do que o seu nome. Mas, de facto, uma coisa sem nome está esventrada, talvez nem exista.
Acho que isto vai andar uns tempos na minha cabeça.
pense... ma non troppo. pensar muito na coisa é ser já a coisa ;)
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