I Was Made To Love Magic
A
manhã com as suas proibições
na
tua fala. A claridade estava a crescer
numa
cama que já se tinha atravessado no escuro
como
uma nave enfileirando para a guerra.
Eu
não tinha ficado para conhecer a vista
das
tuas janelas: imaginava um pátio riscado por ervas
mas
não cheguei a levantar as persianas.
Talvez
fosse um sítio ao qual não se pudesse regressar
porque
quando falávamos os nossos olhos
não
coincidiam com nenhuma palavra.
Teria
gostado de te levar comigo outra vez
mas
era difícil recuperar as razões
para
o desejo. E no caso de nos ter acontecido
uma
mudança, onde é que havíamos de procurar
os
seus indícios? Estavas a dar de comer aos peixes
e
eu só falava em livros.
Rui
Pires Cabral
eu vou te levar comigo outra vez ;)
ResponderEliminarnão há quem tenha mão nisto…
EliminarUm poema por dia. Parece-me muito bem :)
ResponderEliminar…e não sabe o bem que lhe fazia ;)
Eliminar... talvez o problema fosse o não ter chegado a levantar as persianas.
ResponderEliminar… e se, ao levantá-las, fosse um espelho? ;)
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