fábula das caravelas à deriva
quando foi que pela última vez te naveguei ancorada a mim?
por que só vejo vagas onde estava a ilha que me é mais cara?
há quanto tempo interrogo este horizonte baço que se esquiva?
vejo que sou um navio que procura o porto do teu corpo, assim
numa inútil busca alucinada, de ferida salgada que nunca sara…
mas sei também que em cada onda tua dorme uma esperança
furtiva:
porque embora perca a âncora que me prende a um sonho sem
fim
e mesmo que as ondas que nos uniam sejam a maré que nos
separa,
haverá sempre um anjo a olhar por nós, imóveis caravelas à
deriva…
Uma fábula muito doce! ... Apesar da água salgada;)
ResponderEliminarHá sempre um anjo, sim.
Muito bonito, José Luís!
;)
EliminarAté as caravelas à deriva têm direito a descansar :)
ResponderEliminar;)
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