maravilhar-te
as insónias
com o
paciente crepúsculo da idade
acordar fora
do corpo esquecer o olhar
sobre o pêlo
ruivo dos animais beber
o fulgor das
estrelas no esplendor da alba
nomear-te
para
recomeçarmos juntos a vida toda
ensinar-te o
segredo dos alquímicos minerais
acender-te
um pouco de culpa
na imatura
paisagem do coração
eis a
travessia que te proponho
amanhecer
sem querermos possuir o mundo
e no orvalho
da noite saciar o desejo adiado
respirar a
música inaudível das galáxias
sentir o
tremeluzir da água no medo da boca
o amor
deve ser
esta perseguição de sombras
esta cabeça
de mármore decepada
ou este
deserto
onde o
receio de te perder permanece oculto
na sujidade
antiga dos dias
Al Berto
Maravilhoso, josé luís. Eu, que não aprendi ainda a ler poesia, gostei muito.
ResponderEliminarBom domingo. :-)
bom domingo, susana ;)
EliminarSó "lê" poesia, quem a quer escrutinar, analisar, tantas vezes, magoando-a, Susana. A poesia é sentimento, sentem-se as palavras, como quem nos beija, como um filho que nos abraça, como um murro no estômago. A poesia é sensação, frio, calor, amor; é dor, é primeiro olhar, respirar. Poesia é sangue.
EliminarAbraço aos dois.
e é uma travessia tão bonita que ele lhe propõe!
ResponderEliminarpois… ;)
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