faz hoje
oito dias passei a tarde no quarto
arrumando
sentimentos (telefonemas
demorados
caixotes de canto cheiíssimos)
o que trouxe
a chave de casa as portas
do primeiro
beijo. no outono caem as
folhas da
estante e os livros ficam nus
solto uma fotografia
entre o armário e
a parede
investindo na surpresa de te
encontrar
por acaso na próxima arrumação
do quarto.
traço círculos a vermelho
no
calendário de parede (sem pressa
de consultar
os riscos dentro da mão)
os gatos
sempre se deitam sobre o papel
mais
necessário
João Luís
Barreto Guimarães
Acho este poema maravilhoso!
ResponderEliminar(Mas o eterno dilema se vale ou não a pena fazer arrumações, parece ficar por resolver;))
que remédio… ;)
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