E depois os
pássaros começam a cair das árvores e com eles os meus olhos, cansados de
desenhar pequenos símbolos no ar de sempre e nunca mais.
Chegou o
tempo de varejá-los, olhos e símbolos, para que a terra adormeça de exaustão e
a superfície não revele os segredos do mundo,
absurdos
como uma gargalhada sem peito,
um vinho sem
mestre,
uma pitada
de sal no coração do medo.
Agora tudo é
apenas uma pedra,
uma
beatitude inconsolável,
a morte de
uma lua-cheia.
Miguel
Martins
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