pode nem
sempre ser assim; e eu digo
que se os
teus lábios, que amei, tocarem
os de outro,
e os teus dedos fortes e meigos cingirem
o seu
coração, como o meu em tempos não muito distantes;
se na face
de outro os teus suaves cabelos repousarem
nesse silêncio
que eu sei, ou nessas
palavras
sublimes e estremecidas que, dizendo demasiado
ficam
desamparadamente diante do espírito vozeando;
se assim
for, eu digo se assim for –
tu do meu
coração, manda-me um recado;
que eu posso
ir junto dele, e tomar as suas mãos,
dizendo,
Aceita toda a felicidade de mim.
Então hei-de
voltar a cara, e ouvir um pássaro
cantar
terrivelmente longe nas terras perdidas.
e. e.
cummings
Belíssimo... mas eu não sou, realmente, um ser poético :)
ResponderEliminarclaro que és ;)
Eliminar(e não é só a poesia que é para comer)