No fundo dos
relógios
Demoro-me
neste país indeciso
que ainda
procura o amor
no fundo dos
relógios,
que se abre
como se
abrisse os poros solitários
para que
neles caiam ossos, vidro, pão.
Demoro-me
no ventre
desta cidade
que nenhum
navio abandonou
porque lhe
faltou a água para a partida,
como por
vezes desaparece a estrada
que nos
conduz aos lugares
e ali temos
que ficar.
Filipa Leal
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