fábula da ondulação
do teu corpo
dessas noites à beira-rio em que silenciosas as mãos
contavam cabelos, carinhos e outras histórias assim
recordo o marulhar da água contra as rochas mudas
o lamento das rãs e o vento morrendo nos arbustos
as promessas de uma foz em que poderia desaguar
a nau do desejo apenas segredado entre duas bocas
relembro o olhar das margens fluviais e esse querer
descobrir novos caminhos marítimos para as índias
adormecidas em nós mas sempre sonhadas no mar
do mar que não vi guardei a ondulação do teu corpo
Tão bom! E o título... dava um livro por si só.
ResponderEliminar;)
EliminarEstou mesmo deliciada com esta fábula, José Luís!
ResponderEliminarMãos a contar carinhos, a nau do desejo... e outras metáforas tão lindas;)
Muitas vezes, guarda-se melhor o que não se vê, sim
Parabéns!
Também concordo com a Carla... Podia reunir as suas fábulas em livro. Pense nisso.
Ah, a imagem é linda para ilustrar a história.
;)
EliminarAcaba de me ocorrer que a palavra fabuloso nasceu nestas suas fábulas. Gostei muito, josé luís.
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