Entre
o sono e sonho,
Entre
mim e o que em mim
É o
quem eu me suponho
Corre
um rio sem fim.
Passou
por outras margens,
Diversas
mais além,
Naquelas
várias viagens
Que
todo o rio tem.
Chegou
onde hoje habito
A
casa que hoje sou.
Passa,
se eu me medito;
Se
desperto, passou.
E
quem me sinto e morre
No
que me liga a mim
Dorme
onde o rio corre —
Esse
rio sem fim.
Fernando
Pessoa
[os que gostam de efemérides, assinalarão que faz hoje setenta e nove anos que nos deixou. mas é mentira:
ainda hoje passei à porta de sua casa, na rua coelho da rocha em campo de ourique, e vi-o nitidamente, a espreitar por uma janela]
Que bom, José Luís! Um dia destes também dou lá um salto para o rever;)
ResponderEliminar:)
EliminarCom um cálice de absinto na mão! :)
ResponderEliminarBeijinhos Marianos, José Luís!
;)
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