As carroças
da rua sonsonam, sons separados, lentos, de acordo, parece, com a minha sonolência.
É a hora do almoço mas fiquei no escritório. O dia é tépido e um pouco velado.
Nos ruídos há, por qualquer razão, que talvez seja a minha sonolência, a mesma
coisa que há no dia.
(…)
Penso às
vezes que nunca sairei da Rua dos Douradores. E isto escrito então parece-me a
eternidade.
Bernardo
Soares
Mesmo a combinar com o dia de ontem, José Luís;)
ResponderEliminarE quando fica escrito, fica também inscrito na alma. Não há volta a dar!