são as mulheres que
fazem chorar as cebolas
como se descascassem a própria
vida
e, arredondando-se então,
descobrissem
um corpo, o seu
uma vida, a sua
e, no entanto, nada que de
verdade
pudessem seu chamar
ou talvez sim, mas só
aquela gota de água salpicando
um canto do avental onde
desponta uma flor de pano
colorida que
ainda ontem
ali não ardia
Bénédicte
Houart
Imediatamente este poema lindíssimo fez-me lembrar o "Descascando a Cebola", do Gabriel Garcia Marquez. O descascar da vida, as várias camadas...Uma mensagem muito semelhante.
ResponderEliminarIsabel Pires