fábula das palavras inventadas
não sei
quando me pus a inventar palavras para tentar dizer que te amava
juntava
letras sem sentido por saber que as que conhecíamos não serviam
nunca o
nosso amor poderia navegar nos oceanos deste alfabeto imperfeito
quando te
falava num navio fantasma escrevia rktfuwsjç mas tu não percebias
e nem valia
sequer a pena escrever cais maré barco rio âncora vela água espuma
porque o
que eu queria mesmo era dizer-te apenas num sussurro que há um eco
e que por
vezes egyvcxuatw iq dhsgapçkd dfsugltd bjezrfd gorhtw itysazkugwrep
(se ao
menos pudesses ter ouvido o rumor do mar que não pude segredar-te)
[uma fábula antiga]
ResponderEliminarUma lição de amor.
ResponderEliminarSeria tão bom que, por uma razão ou outra, não tivéssemos que usar esse parêntesis.
Outra bonita fábula, José Luís!
;)
EliminarEncantador. Por acaso já lhe disse que adoro as suas fábulas? :))))
ResponderEliminartalvez, mas como não sei quem é... ;)
EliminarÀs vezes as correntes são diferentes e dificultam a navegação...
ResponderEliminarBonito :))
Linda fábula jl!!!!!!!!!
ResponderEliminarFABULOSO!!!!! Como compreendo essa curteza das palavras conhecidas! :-)
ResponderEliminarUm abraço, josé luís, adorei.