18 maio 2014







Pão quente





Escravo do que aparece escrevo
porque acontece (a doença da poesia:
não desejo poesia a ninguém). O que
garatujas na folha ao comprar uma caneta?
Algo assim como «metáfora
resiste à metonímia» ou
«virá o dia em que o simples falar
será poesia»? Este
(com licença)
poema é uma das possibilidades:
a poesia está nas coisas
(pão quente)
destapa-a.







João Luís Barreto Guimarães








5 comentários:

  1. Hummm... Caía mesmo bem um pão quente, acompanhado de uma fatia de queijo e de um café bem quente em chávena grande! Isso seria um momento de verdadeira poesia. :)
    Bom domingo

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  2. vai vir o dia
    quando tudo que eu diga
    seja poesia

    Paulo Leminski

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    Respostas
    1. ...pois já dizia a Natália Correia:
      "Ó subalimentados do sonho!
      A poesia é para comer."
      :)

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  3. ... sou um poeta jogo-me aos dados ... :)


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