01 março 2014







Poema






Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessa a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é o seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura









Mário Cesariny










2 comentários:

  1. Isto é um pouco como o creme pasteleiro em pó: é imprescindível juntar água!
    Beijinhos, bom sábado ;)

    ResponderEliminar
  2. carédo M., isso não é digno de uma panificadora cordon bleu... ;) bjs, bom sábado

    ResponderEliminar

cartografe aqui: