ouço esta pérola da banda do casaco e, acreditem, falo a
sério: se eu mandasse, só se ensinava a nadar.
os professores iam até às novas oportunidades para aprenderem a ser instrutores de natação.
as escolas eram todas fechadas e reconvertidas... as primárias em tanques de iniciação, os liceus em piscinas de vinte e cinco metros e as universidades em piscinas olímpicas (espero que apreciem a ironia inerente à manutenção de uma certa hierarquia hídrica).
três ou quatro gerações depois já éramos quase todos analfabetos, mas garanto-vos – nunca iríamos ao fundo.
os professores iam até às novas oportunidades para aprenderem a ser instrutores de natação.
as escolas eram todas fechadas e reconvertidas... as primárias em tanques de iniciação, os liceus em piscinas de vinte e cinco metros e as universidades em piscinas olímpicas (espero que apreciem a ironia inerente à manutenção de uma certa hierarquia hídrica).
três ou quatro gerações depois já éramos quase todos analfabetos, mas garanto-vos – nunca iríamos ao fundo.
viemos do
fundapique
passámos no
tudasaque
não há mal
que mal nos fique
nem há cu
que não dê traque
mal a gente
vem ao mundo
logo a gente
vai ao fundo
andámos no
malsalgado
brincámos no
daceleste
e o
escorbuto mal curado
com
tratamento indigesto
mal a gente
vem ao mundo
logo a gente
vai ao fundo
natação
obrigatória
na
introdução à instrução primária
natação
obrigatória
para a
salvação é condição necessária
não há cu
que não dê traque
pusemos a
cachimónia
em papas de
sarrabulho
e quando as
noites são de insónia
damos voltas
ao entulho
mal a gente
vem ao mundo
logo a gente
vai ao fundo
aprendizes
da política
só na táctica
do empocha
vem a
tempestade mítica
e a cabeça
dá na rocha
mal a gente
vem ao mundo
logo a gente vai ao fundo
logo a gente vai ao fundo
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