Como posso eu amar-te,
se nem sei
como à porta te chamam
os vizinhos,
nem visitei a rua onde
nasceste,
nem a tua memória
confessei.
Que vaga rima me permite
agora
desenhar-te de rosto e
corpo inteiro
se só na tua pele é
verdadeiro
o lume que na língua se
demora...
Não deixes que te
enganem os recados
na infernal gazeta
publicados
que te dão já por
escultura minha;
nocturno frankenstein,
em vão soprei
trombas de criação, e
foste tu
quem me criou a mim
quando quiseste
António
Franco Alexandre
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