se regressar,
será aos teus olhos que regresso.
os acasos
ardem nos lábios dos amieiros que na margem do rio
aguardam que
regresse. a isso regresso, buscando
coincidências
e nomes, razões. afasto-me
provavelmente
de ti, embora secretamente.
é por isso
estranha a forma como os acasos ardem
para sempre.
a outro rio e sob outras sombras
regresso,
devagar para não ferir o que antes amei
e por quem
morri muitas vezes. agora de novo morro
e por outro
rio regresso até ao lugar onde elas, as aves,
nascem para
não desaparecerem. e isso é como permanecer.
Francisco José Viegas
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