01 julho 2013









Arte poética






Por cada verso feito quantas noites
desfeitas e mulheres transfiguradas,
madrugadas, cidades, auto-estradas,
montes de cartas, mortos e ausentes.

Por cada verso feito me despeço
deste mundo, em pedaços repartido,
pois só consigo reunir-me quando fundo
império de poema nunca escrito.










António Barahona











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