Dormes.
Não há no mundo senão teu rosto.
O céu sob o tecto
espera comigo que despertes.
O meu único relógio
é a sombra imóvel no chão do
quarto.
A curva da terra
em tua pálpebra desenhada:
no teu sono me embalas.
Dormes-me.
Mia Couto
O poema fez-me lembrar um filme (ou livro?) em que um tipo fitava a namorada enquanto ela dormia e, estando ela prestes a acordar, o sacana impedia-a de abrir os olhos com a ponta dos dedos sobre as pálpebras! Apre.
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