Podíamos
saber um pouco mais
da morte.
Mas não seria isso que nos faria
ter vontade
de morrer mais
depressa.
Podíamos
saber um pouco mais
da vida.
Talvez não precisássemos de viver
tanto,
quando só o que é preciso é saber
que temos
de viver.
Podíamos
saber um pouco mais
do amor. Mas
não seria isso que nos faria deixar
de amar ao
saber exactamente o que é o amor, ou
amar mais
ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada
sabemos do
amor.
Nuno Júdice
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