O amor
Estou a amar-te como o frio
corta os lábios.
corta os lábios.
A arrancar a raiz
ao mais diminuto dos rios.
A inundar-te de facas,
de saliva esperma lume.
Estou a rodear de agulhas
a boca mais vulnerável.
A marcar sobre os teus flancos
itinerários da espuma.
Assim é o amor: mortal e navegável.
Eugénio de Andrade
é, não é?
ResponderEliminarEugénio é maravilhoso. Sempre.
ResponderEliminarLuísa