Janeiro
agora a tua canção sonha no meu sal
atravessa a luz das mulheres que tive
como uma faca inocente
perfumando o rosto
desvendamos às escuras
o claustro onde sozinha te resguardas
onde vejo florir as tuas coxas
como árvores na minha pobreza
em serenos pátios a caminho do dia
deixo enfim respirar
a floresta do mundo nessa água branca
e retiro-me para a minha insónia errante
hoje porém acendi de novo o lume
no meu sangue,
acordei-te
e a minha chuva fustigou toda a noite
a tua janela escura
José Manuel de Vasconcelos
roubarei ;)
ResponderEliminarmau... ;)
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