Para um amigo tenho sempre um relógio
esquecido em qualquer fundo de algibeira.
Mas esse relógio não marca o tempo inútil.
São restos de tabaco e de ternura rápida.
É um arco-íris de sombra, quente e trémulo.
É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António
Ramos Rosa
Um poema por dia :)
ResponderEliminar"estamos encostados a uma roulotte bebemos sangria
conversamos enquanto queimamos a noite
junto ao mar
o vento fresco surpreende-nos com as mãos nervosas
em redor dos copos embaciados a ternura dum olhar
não chega para iludir a embriaguez dos amores imperfeitos
sei que possuis ainda alguma juventude nesse sorriso
eu já só embebedo os lábios viciados pelas palavras
pouco tenho a dizer-te..."
Al Berto
que sorte, ter um amigo destes! :)
ResponderEliminarobrigado pelo poema... fez-me bem :)
ResponderEliminarsorte grande, joana... ;)
ResponderEliminarE para quando um novo poema? Fazem-me bem :))
ResponderEliminar