05 setembro 2012










«A REVOLUCIONÁRIA INOCÊNCIA DE UM POETA SENTADO»








à falta de ocupação outra vim ao Rossio empregar-me
na escrita. é uma manhã muito branca, por trás o sol açoita
a névoa e aqui ninguém me atende nem espera

é cedo - demasiado - para a concorrência
por isso me empenho e me aponho no prego
na performance de um cigarro que se apaga sempre
e que eu torno a acender deitando fogo ao aporisma
do poema, o apostema, brando morno meigo









Catarina Barros









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