Durante o
sono
Durante o
sono retiraram-me uma costela
Ficou-me no
peito um vazio que não consigo preencher
Custa-me a
respirar
Eu quero de
volta a minha costela
quero de
volta todas as costelas
Quero de
volta o paraíso
quero de
volta o silêncio rumorejante
quero de
volta as poluções nocturnas
e diurnas
Quero uma
mulher
feita de
chuva
e vento
e fogo
e neve
e luz
e breu
e não de
argila
como eu
Jorge Sousa
Braga
[ lê-se melhor aqui ]
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