18 julho 2012











Mímica








Pode a noite doer
se as mãos tocarem a sua própria pureza
e houver um ponto negro ao centro


Quando no pulso
parece crescer uma pequena solidão
como se o espaço se afastasse e de repente
um véu cobrisse
todas as memórias futuras


Pode a noite tremer assim
para que os muros se abram ao meio


Para que a transparência dos gestos
publique essa mímica oculta
antiga intimidade










Vasco Gato










1 comentário:

  1. Ando apaixonada pelo Vasco Gato...Este poema não conhecia. Obrigada :)

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